As primeiras mães
27 de Outubro de 2024

As primeiras mães sabiam como cuidar de seus bebês depois que nasciam. Elas não tinham que ler livros para aprenderem o que fazer. Elas tinham crescido vendo como as outras mulheres cuidavam de seus bebês.
Cada mulher sabia que daria de mamar ao seu bebê e que era necessário que ela estivesse sempre lá para ele. Todo mundo também sabia disso, e todos se certificavam de que ninguém interferisse na importante tarefa de maternar. As primeiras mães não se sentiam separadas de seus bebês, nem queriam ser separadas deles depois que nasciam. Elas mantinham seus bebês junto delas o tempo todo, amamentando-os com o leite doce que saía de seus peitos, sabendo que seu leite continha o dom da vida.
Hoje não é assim. Pra muitas mães, estar lá para os seus bebês vem depois de ganhar dinheiro, de cuidar da casa e de seus maridos, e de ter tempo pra si mesmas. Isso não quer dizer que as mães de hoje em dia não gostem de seus bebês ou que achem que eles não sejam importantes. O que isso quer dizer é que, no nosso mundo, não acreditamos que é importante uma mãe estar sempre lá para o seu bebê. Evidentemente, nossos governos não pensam que isso seja muito importante, ou encontrariam formas de viabilizar a permanência das mães em suas casas para cuidarem dos bebês e dos filhos.
O fato de que as primeiras mães cuidavam de seus bebês do jeito que a natureza planejou, e que eram apoiadas por seu grupo para fazerem isso, permitiu o desenvolvimento de uma bela e maravilhosa criação – o ser humano. As primeiras pessoas sabiam que um bebê não era alguém separado no nascimento. Elas estavam cientes de que era necessário que a mãe provesse seu bebê com ela mesma, caso contrário o bebê não poderia se tornar humano. A natureza, em sua sabedoria, deu a cada bebê uma mãe para que, através de sua presença, ele pudesse continuar a crescer como humano.
Sabe, a diferença entre as pessoas de muito, muito tempo atrás e nós é que todas elas tiveram mães de verdade e, por isso, eram todas plenamente humanas.
Trecho do capítulo 3 do livro O que aconteceu com as mães?, de James Kimmel.